segunda-feira, 21 de setembro de 2009

A Despesa Pública - TGV

Em Portugal temos discutido muito o Investimento/ Despesa Público, mas pouco a sua qualidade. Se nós fizemos uma análise a curto prazo, toda a despesa pública é boa, porque cria mais emprego. Mas é necessário esclarecer melhor a qualidade dos investimentos financiados pelo estado. Aplaudir quem executa um programa de Despesa Pública que produza efeitos a curto prazo e, ao mesmo tempo, sejam capazes criar grandes transformações no futuro.
Portugal está numa situação económica difícil, não por uma questão conjuntural (a crise que, actualmente existe) , mas pelas dificuldades estruturais da economia.

Muito se tem debatido acerca do TGV, mas na minha opinião é uma discussão sem sentido, porque é um exemplo de um investimento público que não cria mais - valias a longo prazo.
Para criar uma linha de alta velocidade, o estado terá que investir 7, 5 mil milhões de euros, para além do custo anual que o Estado terá de suportar. São 7, 5 mil milhões de euros que não acarretam nenhum benefício a longo prazo: não nos aproxima à Europa, porque já existe um meio de transporte mais rápido e mais barato - o avião; porquê que não desenvolvemos os nossos portos, com a extensão da costa que detemos.
Devíamos usar estes 7, 5 mil milhões de euros e investir em Serviços Sociais e na qualificação da nossa mão - de - obra.
Temos que ter consciência que estamos numa das zonas mais caras do mundo, onde já não há a possibilidade de vender os produtos com o argumento do baixo custo. A indústria para ser competitiva, quando não assenta na mão – de - obra barata (eu não defendo os salários baixos), tem que se assentar na eficiência da produção, na redução dos custos por ganhos de produtividade. Esse é o campeonato onde já estão alguns países (por exemplo a República Checa). A nossa classe política tem de convencer-se que o Investimento Público deve ser feito para nos fazer convergir em termos sócias e económicos à União Europeia

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

O Ano de 2009: A Crise

Em 2009 o poder de compra vai aumentar, mas esta boa noticia está condicionada ao facto de o desemprego não disparar e se as micro e médias empresas sobreviverem com a ajuda da banca e do Estado.
Os juros, combustíveis e a inflação estão em forte queda, mas pelas piores razões a recessão mundial. Os orçamentos das famílias encontra-se mais aliviado, apesar de os rendimentos não aumentarem.
Este cenário da melhoria dos níveis de vida das famílias que o governo anunciou foi irreal e demasiado optimista. As empresas baseiam a sua gestão corrente no acesso ao crédito, que nos dias de hoje está muito dificultado. Sem crédito a sobrevivência das PME está em causa e as que conseguirem resistir, dificilmente, vão fazer investimentos produtivos e que gerem mais- valias.
As crises são cíclicas na Economia e com elas devemos apreender as razões que as originaram, para evitar no futuro cometer os mesmos erros. Embora pareça desadequada a afirmação, mas na verdade, em tempo de crise é fundamental aproveitar as oportunidades. Todos nós sabemos que existem problemas estruturais na economia portuguesa que urgem serem resolvidos: requalificar a mão -de -obra; empresas pouco especializadas e com pouco desenvolvimento tecnológico. Em 1994 Michael Porter (economista, professor da
Harvard Business School, autor de diversos livros na área de estratégias de competitividade) realizou um estudo onde mencionava os sectores onde Portugal se devia especializar e aproveitar as vantagens competitivas criando os chamados cluster (no mundo da indústria, é uma concentração de empresas relacionadas entre si, numa zona geográfica relativamente definida, que conformam um pólo produtivo especializado com vantagens competitivas). Desde de 1994 pouco se vez e inclusive algum dos sectores que foram considerados estratégicos, encontram-se com imensas dificuldades e as falência sucedem-se, como é o caso dos têxteis.
O actual governo deve tomar medidas de fundo e não correcções circunstâncias e pontuais. O país tem que deixar de produzir produtos de baixo valor, sem usar tecnologia massiva e sem aproveitar os recursos humanos.
O nosso governo tem que tomar medidas de apoio às famílias, porque não basta dizer que a situação vai melhorar, quando infelizmente nós sabemos que não. Se o desemprego aumentar para os níveis de 10% previstos pode ocorrer tensões sociais brutais . Para além de que com o desemprego as pessoas consomem menos e, como os países para onde Portugal exporta estão em crise, os fabricantes nacionais perdem quem lhes compre os produtos e as falências multiplicam-se e a consequências são por todos nós conhecidas.

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Obstáculos à Igualdade!






O ano de 2007 foi o ano escolhido pela União Europeia como o “Ano Europeu da Igualdade de Oportunidade para Todos”. A Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia impõe regras não discriminatórias. A Agenda Social de 2005- 2010 que complementa e apoia a Estratégia de Lisboa, a dimensão social aliadas ao crescimento económico e bem - estar e de não exclusão social. No entanto, as acções discriminatórias continuam-se a praticar.
Neste artigo não é minha intenção descorar os outros tipos de discriminação, mas pretendo dar realce, em particular, as dificuldades que as pessoas com deficiências motoras têm que contornar sempre que se dirigem a um espaço comercial e público.
Nos tempos que correm as novas tecnologias permitem abolir muitas das barreiras física e logísticas que às pessoas com incapacidade sentem no seu dia – à - dia. Mas, apesar da evolução tecnológica e das iniciativas politicas e governamentais continuam a existir barreiras em todo o país.
A nossa freguesia não é excepção, embora tenha sido realizado algum trabalho, o caminho a percorrer ainda é longo.
Como, por exemplo:
- Acesso à passadeira através de passeios, têm muitas das vezes um degrau, em vez de uma rampa (como podem ver na primeira foto), o que dificulta a deslocação de uma pessoa em cadeira de rodas;
- As caixas multibanco colocadas em locais de difícil acesso;
- Escadas sem acesso com rampas em alguns parques da freguesia;
- Criar em escolas, espaços públicos e em locais comerciais zonas de estacionamento, devidamente sinalizadas para deficientes;

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Feira da Saúde


A Feira da Saúde organizada pela JSD que contou com o apoio das entidades : Acústica Médica e Óptica Arromba e a Junta de Freguesia de Valongo do Vouga (que amavelmente nos cedeu o espaço). Esta iniciativa teve por parte da comunidade uma grande adesão, que aproveitou a oportunidade para fazer o rastreio auditivo e óptico gratuito.
Estas iniciativas são de aplaudir. É sem dúvida para repetir.

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

É uma Vergonha!




É uma vergonha, o que se passa nos caixotes do lixo perto da rotunda, que se encontra de frente, para a sede de freguesia. O lixo amontoa-se pela estrada dia a pós dia sem ninguém fazer nada! Um condutor mais distraído, pode embater nos detritos que se acumulam na estrada, causando mais danos do que só materiais. E de quem é a culpa?

Os serviços municipalizados de recolha de lixo tem que ser melhorado. Na maior parte dos locais da freguesia, a recolha só é feita uma vez por semana, e o lixo amontoa-se, porque as pessoas não têm mais nenhum local onde o deixar. É fundamental criar mais espaços para colocação dos caixotes de lixo.

Existe, também, alguma falta de civismo, como se pode explicar que, muitas vezes, o lixo seja colocado no chão, estando os contentores vazios.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Feira da Saúde (JSD)

A JSD de Águeda convida toda a comunidade da Freguesia de Valongo do Vouga a comparecer na sede da Junta da Freguesia para a Feira de Saúde que se irá realizar no dia 10 de Janeiro de 2009, entre as 09:30 e as 17:00 horas.
Rastreio auditivo e Rastreio Óptico gratuitos, com o apoio da Acústica Médica e Óptica Arromba, respectivamente.
Esta Feira da Saúde engloba-se numa iniciativa que a JSD de Águeda, tem vindo a realizar nas várias freguesias do concelho. A primeira iniciativa deste género foi na Freguesia da Trofa, que contou com muitos participantes e foi muito bem recebida pelas pessoas.
Contamos com a sua presença!

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

A Crise Financeira

Como surgiu esta crise?
Durante vários anos, nos EUA, os preços dos imóveis eram muito altos e as taxas do crédito habitação eram muito baixas, o que fez com que os bancos emprestassem dinheiro com muita facilidade e sem analisar, com o devido cuidado, a capacidade de pagamento dos clientes. Como o mercado imobiliário estava muito valorizado, mesmo que os clientes deixam-se de pagar as instituições bancárias colocavam, rapidamente, os imóveis à venda a preços superiores aos valores dos empréstimos. Fez-se o chamado crédito ninja (“no Income, no Job or Assets”), como as taxas de juros estavam tão baixas, as Instituições de Crédito aprovavam crédito mesmo a pessoas que não mostravam deter rendimentos para fazer face ao seu endividamento.
A euforia no mercado imobiliário cresceu dia para dia. Muitos investidores foram atraídos, o que provocou uma valorização excessiva dos valores imobiliários, o que se reflectiu numa forte procura de activos financeiros emitidos sobre este mercado imobiliário. Estes produtos foram apresentados como activos de grande rentabilidade e valia.Com o juro a curto prazo, actualmente, a 5,25%, quando em meados de 2004 rondava os valores de 1,0% formou-se uma “bolha” no mercado imobiliário, devido ao excesso de crédito atribuído que não é possível liquidar.
Quando os bancos deixam de conseguir colocar os imóveis com facilidade no mercado, dá-se o inicio da “Crise Suprime” que fez “rebentar a bolha do mercado imobiliário”. Rapidamente, o mercado financeiro percebeu que tinham investido em activos tóxicos com uma rentabilidade muito inferior ao inicialmente anunciado. Num mundo cada vez mais globalizado, várias instituições financeiras que tinham operações alavancadas com estes recursos nas suas carteiras, sentiram várias perdas nas suas estruturas patrimoniais.

As intervenções estatais são indispensáveis para devolver a confiança aos investidores e aforradores. Mas o Capitalismo não chegou ao fim como alguns estudiosos afirmam. O que está acontecer é uma crise cíclica, já verificada ao longo da história (após um período de elevado crescimento existe sempre um período de recessão, temos como exemplo as crise petrolíferas). O mercado acaba por se ajustar (como uma “mão invisível). Contudo é necessário dar a nota que o Estado não se pode demitir das suas funções de regulador e fiscalizador (como nós temos assistido através da injecção de dinheiro no mercado de capitais).