quinta-feira, 16 de outubro de 2008

A Crise Financeira

Como surgiu esta crise?
Durante vários anos, nos EUA, os preços dos imóveis eram muito altos e as taxas do crédito habitação eram muito baixas, o que fez com que os bancos emprestassem dinheiro com muita facilidade e sem analisar, com o devido cuidado, a capacidade de pagamento dos clientes. Como o mercado imobiliário estava muito valorizado, mesmo que os clientes deixam-se de pagar as instituições bancárias colocavam, rapidamente, os imóveis à venda a preços superiores aos valores dos empréstimos. Fez-se o chamado crédito ninja (“no Income, no Job or Assets”), como as taxas de juros estavam tão baixas, as Instituições de Crédito aprovavam crédito mesmo a pessoas que não mostravam deter rendimentos para fazer face ao seu endividamento.
A euforia no mercado imobiliário cresceu dia para dia. Muitos investidores foram atraídos, o que provocou uma valorização excessiva dos valores imobiliários, o que se reflectiu numa forte procura de activos financeiros emitidos sobre este mercado imobiliário. Estes produtos foram apresentados como activos de grande rentabilidade e valia.Com o juro a curto prazo, actualmente, a 5,25%, quando em meados de 2004 rondava os valores de 1,0% formou-se uma “bolha” no mercado imobiliário, devido ao excesso de crédito atribuído que não é possível liquidar.
Quando os bancos deixam de conseguir colocar os imóveis com facilidade no mercado, dá-se o inicio da “Crise Suprime” que fez “rebentar a bolha do mercado imobiliário”. Rapidamente, o mercado financeiro percebeu que tinham investido em activos tóxicos com uma rentabilidade muito inferior ao inicialmente anunciado. Num mundo cada vez mais globalizado, várias instituições financeiras que tinham operações alavancadas com estes recursos nas suas carteiras, sentiram várias perdas nas suas estruturas patrimoniais.

As intervenções estatais são indispensáveis para devolver a confiança aos investidores e aforradores. Mas o Capitalismo não chegou ao fim como alguns estudiosos afirmam. O que está acontecer é uma crise cíclica, já verificada ao longo da história (após um período de elevado crescimento existe sempre um período de recessão, temos como exemplo as crise petrolíferas). O mercado acaba por se ajustar (como uma “mão invisível). Contudo é necessário dar a nota que o Estado não se pode demitir das suas funções de regulador e fiscalizador (como nós temos assistido através da injecção de dinheiro no mercado de capitais).

domingo, 5 de outubro de 2008

Nada muda!

A criminalidade continua a aumentar, mas nenhuma medida foi tomada para a combater. O governo, para além, de ter estragado o enquadramento legal que havia, ainda não percebeu que a lei ficou pior. Agora a policia pretende um criminoso em delito, e mesmo assim, ele vai dormir a casa e recomeçar no dia seguinte a praticar actos ilegais. Um ladrão pode fazer um assalto com uma faca de cozinha, mas não pode ser condenado, porque a faca de cozinha não é considerada uma “arma” no novo código penal.
O mesmo governo tentou argumentar dizendo que não houve um aumento da criminalidade, e pior ainda, um elemento da administração, mal informado veio dizer que o melhor é os portugueses não saberem os números concretos… é o governo em delírio. Na verdade , todos nós já nos apercebemos daquilo que os nossos governantes não querem ver. Os assaltos e os actos de vandalismo acontecem cada vez com mais frequência e próximo de nós.
Os nossos governantes têm que tomar um posição firme antes que seja tarde. As medidas estão a vista de todos:
- Um sistema jurídico mais eficaz e que seja um “braço” de apoio aos policias;
- Equipar melhor as nossas policias (actualizar os sistemas de comunicação, os veículos ao seu dispor);
- Aumentar os quadros das polícias nas zonas rurais;
- Tomar medidas concretas de combate à crise económica e desemprego;
A insegurança é uma realidade e o que mais me assusta é saber que as medidas do governo têm sido ineficazes, sem que reconheça isso.